A retirada dos detetores de metais da esplanada das mesquitas em Jerusalém não põe fim à tensão entre israelitas e palestinianos. A Wafq, a autoridade muçulmana que administra o local santo anunciou que não vai pôr fim ao boicote iniciado no dia 14, quando Israel afirma que vai manter um sistema de videovigilância à entrada das instalações.
O governo israelita tinha cedido ontem a mais de uma semana de protestos violentos e pressão diplomática internacional ao substituir os pórticos de segurança da polémica por um sistema de vigilância dito inteligente.
Uma medida que não basta para acalmar a tensão, segundo o Grande Mufti de Jerusalém, Muhammad Ahmad Hussein.
“Nós vamos continuar a rezar nas ruas ao redor da mesquita até que as autoridades religiosas nos autorizem a rezar no interior da mesquita”.
Centenas de fiéis voltaram esta terça-feira a rezar no exterior da esplanada das mesquitas, sem que se registassem novos incidentes. O impasse mantém-se assim no local depois de mais de uma semana de protestos que provocaram a morte de pelo menos cinco palestinianos.
A polícia israelita deteve esta manhã três membros de um partido religioso, depois de desafiarem a proibição de rituais judaicos dentro da esplanada, ao realizarem uma oração fúnebre pelos três israelitas mortos na sexta-feira por um ativista palestiniano.